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A mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae Gmel.) é a mais disseminada e melhor conhecida praga da oliveira, pela gravidade dos prejuízos diretos e indiretos que pode ocasionar.

Os prejuízos causados pela mosca-da-azeitona podem ser de natureza quantitativa e qualitativa. Os primeiros resultam do consumo da polpa dos frutos pelas larvas e da sua queda antecipada. Os últimos decorrem da diminuição da qualidade do azeite proveniente dos frutos atacados e, no caso da azeitona de mesa, da desvalorização comercial desta, em resultado das picadas de postura.

O número de gerações varia entre duas, com clima mais frio, e quatro, com clima mais ameno, distribuindo-se, habitualmente, entre julho e novembro.

As principais zonas de incidência da mosca da azeitona são as seguintes:
1- a faixa litoral que se estende de Cantanhede ao Algarve, em que os ataques se iniciam, regra geral, de meados de julho até princípios de agosto, prolongando-se sucessivamente até ao outono, sendo os estragos muito importantes.
2- Norte e Nordeste do distrito de Santarém, a Beira Baixa até à latitude de Alpedrinha e quase todo o Alentejo, em que as posturas viáveis só se dão em setembro, com interrupções frequentes na evolução das larvas e morte de adultos, causadas pela secura do ar e pelas elevadas temperaturas. Nesta zona os ataques são de muito menor gravidade.
3- Beira Baixa, acima de Alpedrinha, Beira Alta, Trás-os- Montes e Minho. Nesta zona os ataques não têm significado económico, salvo num ou outro microclima favorável (Vale da Vilariça).